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Tarifa de 50%: Tarcísio responsabiliza Lula por taxa de Trump sobre o Brasil

  • Foto do escritor: Peter Lobato
    Peter Lobato
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

 Tarcísio disse que "a responsabilidade é de quem governa" e que "Lula colocou sua ideologia acima da economia".

Trump fala com a imprensa antes de embarcar para a cúpula da Otan, em Haia — Foto: Divulgação


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), atribuiu a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a atitudes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Tarcísio disse em suas redes sociais que "a responsabilidade é de quem governa" e que "Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado".

Tarifa de 50%: Tarcísio responsabiliza Lula por taxa de Trump sobre o Brasil — Foto: Reprodução


Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cotado para disputar a Presidência contra o atual presidente em 2026, o governador paulista afirmou que a decisão de Trump é resultado de alinhamento do Brasil a países autoritários e defesa da censura, acrescentando que o governo petista não pode jogar a culpa no seu antecessor.


Em resposta a Tarcísio, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que "quem está colocando ideologia acima dos interesses do país é o governador Tarcísio e todos os cúmplices de Bolsonaro que aplaudem o tarifaço de Trump contra o Brasil".


Segundo ela, os adversários do PT "pensam apenas no proveito político que esperam tirar da chantagem do presidente do EUA" e que se trata da "continuação do golpe pelo qual Bolsonaro responde no STF, agora usando tarifas de um país estrangeiro".



"O governador [Tarcísio] errou muito. Porque ou bem uma pessoa é candidata a presidente, ou é candidata a vassalo. E não há espaço no Brasil para vassalagem, desde 1822 isso acabou. O que está se pretendendo aqui? Ajoelhar diante de uma agressão unilateral sem nenhum fundamento econômico", afirmou.


Carta ao Brasil teve teor político e citou Bolsonaro


Em carta enviada ao presidente Lula na qual justifica a elevação da tarifa sobre o Brasil, Trump citou Bolsonaro e disse ser "uma vergonha internacional" o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).


Após o anúncio, Lula afirmou que o Brasil "não aceitará ser tutelado por ninguém" e que o aumento unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras será respondido com base na Lei da Reciprocidade Econômica.


Na carta, Trump afirmou, sem provas, que sua decisão de aumentar a taxa sobre o país também foi tomada "devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos".

Segundo o documento, a tarifa de 50% será aplicada sobre "todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA, separada de todas as tarifas setoriais existentes". Produtos como o aço e o alumínio, por exemplo, já enfrentam tarifas de 50%, o que tem impactado diretamente a siderurgia brasileira.


Tarifa mais alta


A tarifa de 50% anunciada por Trump é a mais alta entre as novas taxas divulgadas. Na segunda-feira, o republicano enviou cartas informando aumento de tarifas a 14 países. A segunda leva de cartas foi na quarta-feira (9). Ao todo, oito países foram notificados, incluindo o Brasil.


De forma geral, Trump definiu tarifas mínimas sobre produtos importados, que variam entre 20% e 50%, a depender do país, com validade a partir de 1º de agosto.

Ao justificar a medida, Trump também afirmou que a relação comercial dos EUA com o Brasil é "injusta". Disse que barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil "causaram esses déficits comerciais insustentáveis contra os EUA".


Apesar do argumento, dados do Ministério do Desenvolvimento mostram o contrário. O Brasil tem registrado déficits comerciais seguidos com os EUA desde 2009 — ou seja, há 16 anos. Isso significa que o Brasil gastou mais com importações do que arrecadou com exportações.

Por isso, analistas afirmam que a postura de Trump com as tarifas tem um forte componente geopolítico, com o objetivo principal de ampliar seu poder de barganha e influência nas relações internacionais.

G1



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